o meu coração é uma rua cheia de somáforos
eu queria escrever a ardente nascença das palavras
que como espigas de trigo plantadas
rebentam de têmpora a têmpora na cabeça do poeta.
queria mover a palavra
para o centro restrito do corpo
onde a carne é uma papa
indissociável com o poema.
sei que a palavra está algures no percurso
das artérias do meu corpo
e anda de glóbulo em glóbulo
como um cubo mágico
que saltita entre a multidão.
tento que siga por esta cidade de ossos e carne
e atinja o pensamento-lírio
antes mesmo de Eva comer a maçã.
eu queria abrir as pernas à palavra,
penetrá-la tão intensamente
até dois se tornarem um
a palavra e eu
e eu e a palavra.
eupalavra
mas não consigo
o meu coração é uma rua cheia de somáforos.
que como espigas de trigo plantadas
rebentam de têmpora a têmpora na cabeça do poeta.
queria mover a palavra
para o centro restrito do corpo
onde a carne é uma papa
indissociável com o poema.
sei que a palavra está algures no percurso
das artérias do meu corpo
e anda de glóbulo em glóbulo
como um cubo mágico
que saltita entre a multidão.
tento que siga por esta cidade de ossos e carne
e atinja o pensamento-lírio
antes mesmo de Eva comer a maçã.
eu queria abrir as pernas à palavra,
penetrá-la tão intensamente
até dois se tornarem um
a palavra e eu
e eu e a palavra.
eupalavra
mas não consigo
o meu coração é uma rua cheia de somáforos.
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