o mundo num esfregar de olho
dizia ele:
não me é permitido estar aqui sem que me atreva
a cortar os pulsos às sombras que se entranham
na carne da humanidade.
se a minha alma é uma lâmina
revolver-me-ei, mesmo que num túmulo de cerejas,
e deixarei o leite fino ordenhado
no seio de Deus comer-me os ácaros
entranhados no silêncio da minha boca.
resitirei e
serei morto ainda em vida
e não morto quando a morte é uma criança
que baloiça dentro da minha carne fétida.
porque será que os ouvidos ouvem e calam?
porque será?
não me é permitido estar aqui sem que me atreva
a cortar os pulsos às sombras que se entranham
na carne da humanidade.
se a minha alma é uma lâmina
revolver-me-ei, mesmo que num túmulo de cerejas,
e deixarei o leite fino ordenhado
no seio de Deus comer-me os ácaros
entranhados no silêncio da minha boca.
resitirei e
serei morto ainda em vida
e não morto quando a morte é uma criança
que baloiça dentro da minha carne fétida.
porque será que os ouvidos ouvem e calam?
porque será?
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