auto-retrato
não sei se as janelas se abrem para as ruas cinzentas
ou se as folhas que por elas deambulam anunciam o outono
não sei.
o verão está a chegar e nos olhos a certeza mais que certa
de um novo rumo
todos os dias um novo rumo.
mais que ditados escritos nas mãos,
ou a mórbida cantilena dos corvos
que choram dentro dos ouvidos
a sua pedra de mármore ao sol.
para mim tudo é claro
como a vontade, que é branca e táctilmente rugosa
aos meus dedos-não, não escaparás-
para mim, tudo é livre
e todas as pessoas tem cabeça de lírio branco
e a cidade é um jarro no regaço de Deus.
eu sei. sou um tolo.um feliz tolo.
o meu nome é tolo,
mas que não acredita que aquilo que nasce são
morra putrefacto.
e por isso respiro a leve tangência do ser.
ou se as folhas que por elas deambulam anunciam o outono
não sei.
o verão está a chegar e nos olhos a certeza mais que certa
de um novo rumo
todos os dias um novo rumo.
mais que ditados escritos nas mãos,
ou a mórbida cantilena dos corvos
que choram dentro dos ouvidos
a sua pedra de mármore ao sol.
para mim tudo é claro
como a vontade, que é branca e táctilmente rugosa
aos meus dedos-não, não escaparás-
para mim, tudo é livre
e todas as pessoas tem cabeça de lírio branco
e a cidade é um jarro no regaço de Deus.
eu sei. sou um tolo.um feliz tolo.
o meu nome é tolo,
mas que não acredita que aquilo que nasce são
morra putrefacto.
e por isso respiro a leve tangência do ser.
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